sexta-feira, 1 de julho de 2016

Eu lia

as postagens do antigo blog como leitora. Como uma terceira pessoa, de fato. Não me reconhecia naquelas linhas, tampouco naquelas situações. Não que estivesse ruim (o texto), mas virou passado (o que vivi e quis), e tão avassalador que fácil confundir com um sonho ruim.
De lá pra cá me conheci, desconhecendo as outras pessoas. Percebi que o que eu quero é residual, pois excluiu o que e quem não quero. Desapego? Não. Eu diria que é o apego às coisas e pessoas certas. Certo é o que me faz feliz e dá paz.
O nome desse blog veio da música Pra ficar legal do Humberto Gessinger, sucesso dos Engenheiros e regravada recentemente. A letra e eu te dizemos que estamos loucas pra ficar em paz. Parafraseando o meu amigo Robert Sampaio, pra sorrir por nada e pra ser grata por tudo. Quando li o texto dele ontem cedinho, tive certeza que era pra mim e que também não podia ficar mais sem escrever, não dava mais para adiar porque tenho muito acumulado aqui dentro.
Sinto os meus pés no chão e as minhas asas abertas, prontas pra alçar voo (depois de um tempo paradas, pesando as costas). Sinto um frio imensurável na barriga por perceber que dois dos meus maiores desejos se realizarão mês que vem, mas não é por isso que tudo se tornará mais fácil. Outros desafios.
Tento organizar a bagunça que ficou depois da festa, sendo o que me tornei com todos os poréns. Sigo vendo a realidade, alternando entre a xícara de café e o copo de cerveja. Sigo como cantou o Chorão: imprimindo o meu sonho na história, como tudo deve ser.